2 REIS 22
1 Então o rei deu ordem, e todos os anciãos de Judá e de
Jerusalém se ajuntaram a ele.
2 Subiu o rei à casa do Senhor, e com ele todos os homens de
Judá, todos os habitantes de Jerusalém, os sacerdotes, os profetas, e
todo o povo, desde o menor até o maior; e leu aos ouvidos deles todas
as palavras do livro do pacto, que fora encontrado na casa do Senhor.
3 Então o rei, pondo-se em pé junto à coluna, fez um pacto
perante o Senhor, de andar com o Senhor, e guardar os seus
mandamentos, os seus testemunhos e os seus estatutos, de todo o
coração e de toda a alma, confirmando as palavras deste pacto, que
estavam escritas naquele livro; e todo o povo esteve por este pacto.
4 Também o rei mandou ao sumo sacerdote Hilquias, e aos
sacerdotes da segunda ordem, e aos guardas da entrada, que tirassem do
templo do Senhor todos os vasos que tinham sido feitos para Baal, e
para a Asera, e para todo o exército do céu; e os queimou fora de
Jerusalém, nos campos de Cedrom, e levou as cinzas deles para Betel.
5 Destituiu os sacerdotes idólatras que os reis de Judá haviam
constituído para queimarem incenso sobre os altos nas cidades de Judá,
e ao redor de Jerusalém, como também os que queimavam incenso a Baal,
ao sol, à lua, aos planetas, e a todo o exército do céu.
6 Tirou da casa do Senhor a Aserá e, levando-a para fora de
Jerusalém até o ribeiro de Cedrom, ali a queimou e a reduziu a pó, e
lançou o pó sobre as sepulturas dos filhos do povo.
7 Derrubou as casas dos sodomitas que estavam na casa do Senhor,
em que as mulheres teciam cortinas para a Asera.
8 Tirou das cidades de Judá todos os sacerdotes, e profanou os
altos em que os sacerdotes queimavam incenso desde Geba até Berseba; e
derrubou os altos que estavam às portas junto à entrada da porta de
Josué, o chefe da cidade, à esquerda daquele que entrava pela porta da
cidade.
9 Todavia os sacerdotes dos altos não sacrificavam sobre o altar
do Senhor em Jerusalém, porém comiam pães ázimos no meio de seus
irmãos.
10 Profanou a Tofete, que está no vale dos filhos de Hinom, para
que ninguém fosse passar seu filho ou sua filha pelo fogo a Moloque.
11 Tirou os cavalos que os reis de Judá tinham consagrado ao
sol, à entrada da casa do Senhor, perto da câmara do camareiro
Natã-Meleque, a qual estava no recinto; e os carros do sol queimou a
fogo.
12 Também o rei derrubou os altares que estavam sobre o terraço
do cenáculo de Acaz, os quais os reis de Judá tinham feito, como
também os altares que Manassés fizera nos dois átrios da casa do
Senhor; e, tendo-os esmigalhado, os tirou dali e lançou o pó deles no
ribeiro de Cedrom.
13 O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de
Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de
Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós,
abominação dos moabitas, e a Milcom, abominação dos filhos de Amom.
14 Semelhantemente quebrou as colunas, e cortou os aserins, e
encheu os seus lugares de ossos de homens.
15 Igualmente o altar que estava em Betel, e o alto feito por
Jeroboão, filho de Nebate, que fizera Israel pecar, esse altar e o
alto ele os derrubou; queimando o alto, reduziu-o a pó, e queimou a
Asera.
16 E, virando-se Josias, viu as sepulturas que estavam ali no
monte, e mandou tirar os ossos das sepulturas e os queimou sobre
aquele altar, e assim o profanou, conforme a palavra do Senhor
proclamada pelo homem de Deus que predissera estas coisas.
17 Então perguntou: Que monumento é este que vejo?
Responderam-lhe os homens da cidade: É a sepultura do homem de Deus
que veio de Judá e predisse estas coisas que acabas de fazer contra
este altar de Betel.
18 Ao que disse Josias: Deixai-o estar; ninguém mexa nos seus
ossos. Deixaram estar, pois, os seus ossos juntamente com os do
profeta que viera de Samária.
19 Josias tirou também todas as casas dos altos que havia nas
cidades de Samária, e que os reis de Israel tinham feito para
provocarem o Senhor à ira, e lhes fez conforme tudo o que havia feito
em Betel.
20 E a todos os sacerdotes dos altos que encontrou ali, ele os
matou sobre os respectivos altares, onde também queimou ossos de
homens; depois voltou a Jerusalém.
21 Então o rei deu ordem a todo o povo dizendo: Celebrai a
páscoa ao Senhor vosso Deus, como está escrito neste livro do pacto.
22 Pois não se celebrara tal páscoa desde os dias dos juízes que
julgaram a Israel, nem em todos os dias dos reis de Israel, nem
tampouco nos dias dos reis de Judá.
23 Foi no décimo oitavo ano do rei Josias que esta páscoa foi
celebrada ao Senhor em Jerusalém.
24 Além disso, os adivinhos, os feiticeiros, os terafins, os
ídolos e todas abominações que se viam na terra de Judá e em
Jerusalém, Josias os extirpou, para confirmar as palavras da lei, que
estavam escritas no livro que o sacerdote Hilquias achara na casa do
Senhor.
25 Ora, antes dele não houve rei que lhe fosse semelhante, que
se convertesse ao Senhor de todo o seu coração, e de toda a sua alma,
e de todas as suas forças, conforme toda a lei de Moisés; e depois
dele nunca se levantou outro semelhante.
26 Todavia o Senhor não se demoveu do ardor da sua grande ira,
com que ardia contra Judá por causa de todas as provocações com que
Manassés o provocara.
27 E disse o Senhor: Também a Judá hei de remover de diante da
minha face, como removi a Israel, e rejeitarei esta cidade de
Jerusalém que elegi, como também a casa da qual eu disse: Estará ali o
meu nome.
28 Ora, o restante dos atos de Josias, e tudo quanto fez, por
ventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?
29 Nos seus dias subiu Faraó-Neco, rei do Egito, contra o rei da
Assíria, ao rio Eufrates. E o rei Josias lhe foi ao encontro; e
Faraó-Neco o matou em Megido, logo que o viu.
30 De Megido os seus servos o levaram morto num carro, e o
trouxeram a Jerusalém, onde o sepultaram no seu sepulcro. E o povo da
terra tomou a Jeoacaz, filho de Josias, ungiram-no, e o fizeram rei em
lugar de seu pai.
31 Jeoacaz tinha vinte e três anos quando começou a reinar, e
reinou três meses em Jerusalém. O nome de sua mãe era Hamutal, filha
de Jeremias, de Libna.
32 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o
que seus pais haviam feito.
33 Ora, Faraó-Neco mandou prendê-lo em Ribla, na terra de
Hamate, para que não reinasse em Jerusalém; e à terra impôs o tributo
de cem talentos de prata e um talento de ouro.
34 Também Faraó-Neco constituiu rei a Eliaquim, filho de Josias,
em lugar de Josias, seu pai, e lhe mudou o nome em Jeoiaquim; porém
levou consigo a Jeoacaz, que conduzido ao Egito, ali morreu.
35 E Jeoiaquim deu a Faraó a prata e o ouro; porém impôs à terra
uma taxa, para fornecer esse dinheiro conforme o mandado de Faraó.
Exigiu do povo da terra, de cada um segundo a sua avaliação, prata e
ouro, para o dar a Faraó-Neco.
36 Jeoiaquim tinha vinte e cinco ano quando começou a reinar, e
reinou onze anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Zebida, filha de
Pedaías, de Ruma.
37 Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, conforme tudo o
que seus pais haviam feito.